Como eu já escrevi em um post aqui no blog sobre Hotéis Acessíveis, hotéis, pousadas e demais estabelecimentos de hospedagem, segundo o art. 45 da Lei nº 13.146/2015 ou Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, devem ser acessíveis, observando-se os princípios do desenho universal. E o §1º desta mesma lei dispõe que: “Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível”.
E claro que os proprietários e gestores desses estabelecimentos, principalmente dos menores, que não fazem parte de grandes redes do setor, costumam não saber por onde começar e se desesperam com os possíveis gastos a serem feitos em reformas e equipamentos. Mas a verdade é que nem sempre implantar a acessibilidade nesses locais significa investimentos imediatos e desproporcionais à realidade do próprio estabelecimento.
Por onde começar
E esse é o momento de entender a situação real das instalações de determinado hotel ou pousada, através do Laudo de Acessibilidade, que vai fazer um diagnóstico de toda a área de intervenção, incluindo as edificações existentes, quartos, circulações internas e externas, áreas de convívio e lazer, estacionamentos, entre outras.
O Laudo de Acessibilidade nada mais é que um documento que serve de orientação ao proprietário ou gestor de um imóvel ou estabelecimento, ou ainda ao responsável técnico por um projeto arquitetônico ou uma obra em andamento, na identificação das barreiras físicas que se encontram em não conformidade com a legislação e normas técnicas vigentes e que precisam de adequação em acessibilidade.
As etapas do Laudo de Acessibilidade
A primeira providência após a contratação do laudo é a vistoria técnica onde um “pente fino” vai ser feito em todas as áreas e onde serão analisados itens como sinalização (placas e comunicação visual em geral), desníveis, bebedouros, iluminação, altura do mobiliário, rampas, escadas, banheiros, sanitários e vestiários, entre outros. E como mencionei anteriormente, a implantação da acessibilidade não está apenas relacionada à reformas e obras, tudo depende da situação em que o local se encontra, mas em muitos casos ela é resolvida com a instalação ou substituição de itens adequados, como de pisos táteis, por exemplo.
Com os dados levantados, inclusive fotográficos, o responsável técnico irá redigir um relatório mostrando ao cliente tudo o que está fora dos padrões de acessibilidade, indicando também o que deve ser feito para a adequação em cada situação. E é importante ressaltar que a execução desses itens pode ser priorizada junto ao profissional arquiteto, que irá indicar e sinalizar a intervenções mais urgentes e necessárias.
O importante é entender que todo estabelecimento de hospedagem precisa estar preparado para receber as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e que essas pessoas, em toda a sua diversidade, deve poder conseguir se locomover e desfrutar de todos os espaços em situação de igualdade de escolha às demais.
Oportunidade de negócio
E vamos deixar uma coisa bem clara aqui, promover a acessibilidade não tem nada a ver com caridade, além de um direito garantido por lei federal, ela também deve ser encarada como um diferencial de negócio, já que as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, são um público emergente e que, quando bem atendidas, fidelizarão o lugar e ainda trarão novos clientes.
Esse público está no mercado de trabalho, tem vida social ativa e quer poder ter a liberdade de viajar com autonomia, conforto e segurança, sem depender de outras pessoas e com os mesmos direitos das demais. Então, proprietários e gestores de hotéis e pousadas de todo o país, tratem de reservar uma atenção especial a esses clientes, todos os envolvidos só têm a ganhar quando se preparam para receber a diversidade da forma que deve ser feita, respeitando as normas técnicas e legislação vigentes.
Para maiores informações sobre os nossos serviços de adequações e laudos de acessibilidade, entre em contato conosco.
