A sinalização é um item fundamental para a viabilização da acessibilidade e por isso as normas técnicas são tão rigorosas nas especificações sobre o tema.
Mas quando ela não é implantada corretamente, tanto em elementos como nos ambientes de uso coletivo, os usuários, principalmente as pessoas com deficiência, são diretamente prejudicados, inclusive, podendo ter a sua segurança comprometida.
Tipos de sinalização
Segundo a NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, são 3 os tipos de sinalização:
- Visual: composta por mensagens de textos, contrastes, símbolos e figuras;
- Sonora: composta por conjuntos de sons que permitem a compreensão pela audição;
- Tátil: composta por informações em relevo, como textos, símbolos e Braille.
A sinalização deve ser autoexplicativa, perceptível e legível, além de estar sempre implantada em locais acessíveis para as pessoas em cadeira de rodas, com deficiência visual, entre outros usuários, de forma que possa ser compreendida por todos.
Princípio dos dois sentidos
Este princípio estabelece que a informação deve ocorrer sempre através do uso de, no mínimo, dois sentidos: visual e tátil ou visual e sonoro.
Na prática, ele garante um reforço na transmissão da informação, de modo que as pessoas com diferentes tipos de deficiência sejam sempre atendidas, em várias circunstâncias.
Por exemplo, a informação sobre a chegada dos elevadores nas bandeiras das portas, já percebeu que ela é sempre passada através de imagem (luz) e som (sinal ou voz)? Ou pelo menos deveria ser. As botoeiras também seguem esse princípio, com a informação tátil (em Braille e alto-relevo) além da visual (números dos andares).
Realidade
Infelizmente, a realidade em nossas cidades ainda está muito longe da ideal, pois muitas vezes, quando a acessibilidade é implantada, a sua sinalização é feita de qualquer jeito (isso quando é feita).
Mas precisamos ficar atentos a esse ponto, já que a pessoa com deficiência, seja auditiva, visual ou motora, quando ainda não conhece o local, simplesmente não consegue utilizá-lo e esse tipo de segregação não pode mais passar despercebida por nós.
Comece a prestar atenção nos equipamentos urbanos da sua cidade, as escadas e rampas têm piso tátil de alerta, em cor contrastante ao local aplicado, no seu início e fim? Os corrimãos têm plaquinhas de sinalização em Braille nas duas altura de seus prolongamentos? Os elevadores apresentam sinalização sonora?
Lembrando que a acessibilidade tem como princípio o seu uso autônomo por todas as pessoas e isso significa que os usuários não devem precisar da ajuda de terceiros, pense a respeito.
